A CIDADE PARA 3 MILHÕES DE HABITANTES (1922)
ÁREA CENTRAL
EDIFÍCIOS ALTOS NA AVENIDA TRANSFORMADA EM AEROPORTO
CIDADE HUMANA QUE FUNCIONA COMO MÁQUINA. A CIDADE MÁQUINA PARA VIVER.
ZONA INTENSIVA - INTERMEDIÁRIA
A CIDADE PARA 3 MILHÕES DE HABITANTES (1922)
ÁREA CENTRAL
EDIFÍCIOS ALTOS NA AVENIDA TRANSFORMADA EM AEROPORTO
CIDADE HUMANA QUE FUNCIONA COMO MÁQUINA. A CIDADE MÁQUINA PARA VIVER.
ZONA INTENSIVA - INTERMEDIÁRIA
Dez anos antes, Archigram havia desafiado a cultura arquitetônica vigente com um mínimo de meios, uma boa quantidade de humor e energia, e sobretudo, muitos desenhos. Com esses projetos publicados em papel barato, com técnicas de impressão das mais econômicas e edições caseiras, havia reivindicado uma revisão do funcionalismo que recuperasse o heroísmo das vanguardas futuristas e construtivistas, e bancado uma aposta incondicional pela tecnologia e pela intenção de investir a arquitetura das novas realidades sociais e econômicas emergentes a partir do pós-guerra.
No território limite entre fantasia e plausibilidade; muitas dessas propostas eram deliberadamente fantásticas, como a Walking city de Ron Herron.
"Como arquitetos academicamente treinados (o que todos éramos), estávamos informados (e excitados por) atividades contemporâneas no mundo da arte. Nos tornamos mais e mais afetados pelas possibilidades da ciência e dos padrões de comportamento social. A significação real do carro elétrico, da televisão no jantar, das cidades das caravanas, o significado de cem mil pessoas no topo de uma colina reunidas pelas luzes e pela música: isso precisava – e somente podia – ser descrito como CIDADE. Assim o determinismo de Plug-in City (como uma estética), ou Walking City (como um objeto)" Peter Cook
Da monumentalidade à miniaturização; da solução totalizadora à fragmentação; da lógica mecanicista das megaestruturas à invisibilidade e à aspiração de imaterialidade de Computer City e da floresta cibernética.
Assim, a oscilação dessa narrativa entre a lógica seqüencial e mecânica de Plug-in City e a simultaneidade eletronicamente produzida em Computer City indicou justamente aquela transformação no caráter e na representação da tecnologia quando esta deixou de estar identificada primordialmente com artefatos concretos – como era o caso da máquina –, e passou a identificar-se, cada vez mais, com sistemas e processos potencialmente abstratos e ubíquos de controle, como seria o caso dos sistemas de comunicação e informação.
Dennis Crompton, Computer City, 1964 (ARCHIGRAM, 1994).
Fonte: http://www.arquiteturarevista.unisinos.br/pdf/ART01_Cabral.pdf
Ao lado do ideário das cidades-jardins e das utopias anti urbanas, o pensamento urbanístico, no século XX, retoma e potencializa o projeto racionalista da cidade industrial, traduzido nos trabalhos de Le Corbusier (1979), entre outros, cuja melhor definição é encontrada no termo "cidade máquina", de Hilberseimer (1920). Essa concepção contrapunha-se às visões do urbanismo moderno, da cidade concebida como um grande parque e de aglomeração urbana tratada como uma cidade verde. Tufuri (1985) destaca que, no projeto de "cidade-máquina", fazia-se ausente o conceito de espaço e de lugar.
Ciudad Vertical. Hilberseimer, 1927
Sobre a cidade de Le Corbusier, Charles Édouard Jeanneret, Reyner a classifica como um sentimento modernista, que possui o espírito da geometria, da evolução do homem, além do uso dos caminhos retilíneos e uso da teoria do classicismo também. Le Corbusier planeja usando um terreno imaginário sem nenhum acidente topográfico.
Cria uma solução tipológica para as cidades, assim como fez para casas e edifícios. Faz uso da produção em série e da mecanização que a industrialização iniciou. Ele cria o homem-tipo e a casa-tipo para poder criar o projeto urbano, pois defende que o homem possui as mesmas necessidades em qualquer cultura. Essa padronização busca o máximo rendimento dos materiais e tempo e o menor custo, procura-se a eficácia na construção.
Sobre a cidade contemporânea de Le Corbusier: multiplicação dos espaços verdes, criação dos protótipos funcionais e racionalização do habitat coletivo. Essa separação é feita para, então, criar o planejamento, além de estudar também a classificação populacional e a da circulação. Seu projeto é influenciado pelos novos materiais e novas técnicas, como o aço, vidro, concreto armado e pilotis.
Para Le Corbusier a casa é uma máquina de morar e assim como a máquina a casa e as outras construções devem buscar a perfeição da geometria. A geometria também direciona as ruas retas e a distribuição das áreas no planejamento dele.O comércio, café, entre outros, são transferidos para o terraço das construções, aliviando as ruas, dando espaço para a circulação, e depois se procura diminuir a quantidade de ruas e os cruzamentos para, conseqüentemente, diminuir o engarrafamento.
Acreditando que poderia solucionar os problemas urbanísticos e aplicar sua teoria da mecanização das casas Le Corbusier planejou a Cidade Contemporânea, que era uma evolução da Casa Dom-Ino e Ville Pillotis. A Cidade Contemporânea de Le Corbusier foi projetada para 3 (três) milhões de habitantes, era uma cidade capitalista que seria o centro de administração e controle, com cidades-jardim para os trabalhados e um cinturão verde que envolvia a cidade.